terça-feira, 7 de outubro de 2014

EGONORÂNCIA

De tudo o que já se sabe do EGO humano é importante definirmos a que parte desse conhecimento estaremos nos referindo. No presente texto, o “ego” será compreendido como a imagem que fazemos de nós mesmos através das experiências com os outros. O termo Egonorância (Egoísmo + Ignorância) faz referência ao comportamento egoísta (egocêntrico) associado à ignorância de como a natureza é e se comporta (leis que regem o universo).

Sobre a formação do ego humano pode-se resumidamente afirmar que o ego pode ser considerado como sendo ele, uma construção social. Em nossas primeiras experiências com nossa mãe, ela refletirá quem somos (amados ou rejeitados), na escola o professor refletirá quem somos, os colegas dirão quem somos, a sociedade retornará para nós uma imagem de como ela nos vê e assim por diante.

O ego é uma necessidade. Quando ele está sadio, ele permite à pessoa se colocar no lugar das outras, ter empatia e viver em harmonia com os outros egos. Quando ele não está sadio, o medo predominará em suas relações: medo da morte, medo do sofrimento, medo de não ser amado, medo da rejeição, medo de não ser ninguém, etc.

Se em uma sociedade predominar a existência de muitos egos não sadios, ela forçará a criação de pessoas com egos que sirvam para a manutenção das necessidades dessa sociedade não feliz. Ela não estará interessada no fato de que você deveria se tornar um conhecedor de si mesmo. Interessa-lhes que você se torne uma peça eficiente no mecanismo da sociedade. Você deveria ajustar-se ao padrão. ).
Então nós não somos os nossos egos? Sim. O ego é uma imagem provisória que fazemos de nós mesmos através da influência da convivência. Ele é uma ilusão da mente. Essa ilusão deve ser temporária e precisa seguir a lei universal da transformação. Nós somos muito mais do que os nossos egos.

Entretanto, o desenvolvimento ideal de um ego seria o seu surgimento na infância e a sua transcendência na vida adulta. O fato é que nem todos conseguem transcendê-lo e ficam presos a estágios anteriores. Ilusoriamente, acreditam que são os seus egos e fazem tudo para conservá-los.

A lógica dessa manutenção “egóica” será tentar sentir-se o centro de tudo, ficar o mais forte possível e evitar todas as ameaças de destruição do ego. Pessoas assim ficam presas às primeiras fases do desenvolvimento do ego, não evoluem, não se libertam e não experimentam a felicidade que existe além dos limites do ego.

Infelizmente, a nossa história está repleta de pessoas que não superaram as fases infantis do desenvolvimento do ego e, quando cronologicamente adultas, causaram inúmeros problemas em suas sociedades. Elas só viam as suas necessidades egoístas e ficaram cegas para os outros e para a natureza. Nos exemplos que seguem examinem alguns tipos de comportamentos egocêntricos (egoístas) e constatem a importância de darmos mais atenção a essa parte da mente humana. Ela determinou a maioria dos fatos importantes da nossa história em nosso planeta. Agora podemos dizer que não somos mais ingênuos e se continuarmos deixando o ego humano fazer o que quiser conosco, nunca sairemos dessa armadilha chamada ego (adoecido).

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